30 de junho de 2011

Especialista fala sobre a influência da tecnologia na Geração Y


O escritor, pesquisador, palestrante e consultor especializado na cultura digital, Web 2.0 e Geração Internet, Don Tapscott fala sobre os jovens nascidos depois dos anos 80 e que são considerados os verdadeiros nativos digitais. Nesta entrevista são discutidos temas interessantes, a Geração Y e como estamos entrando na era da colaboração, todas essas mudanças sendo norteadas pela internet.


Tapscott definiu a chamada Geração Y, como a responsável por uma mudança sem precedentes na economia e no comportamento global. Essa geração chega agora ao mercado de trabalho e promoverá um movimento de transparência nas corporações sem similar. E ainda afirma "As empresas estão nuas", porque não estão se preparando para se comunicar e interagir para esta Geração de consumidores. 


Velocidade, liberdade, consumo, individualidade e tecnologia. Esses são alguns dos principais valores prezados pelos Ys. Esses valores se confundem com a própria forma pós-moderna que os jovens tem de viver. É uma geração com grandes e opostos interesses, valorizam a liberdade, mas buscam e testam limites; são liberais para o consumo e novidades, mas conservadores sociais; pensam em trabalho como meio de ganhar dinheiro, mas desconhecem planos de carreira; trabalho é remuneração, mas buscam o reconhecimento rápido; pensam no aqui e no agora, mas querem oportunidades futuras; amam a internet e a tecnologia, mas não gostam da impessoalidade do atendimento eletrônico ou via e-mail.


Parte 01



Parte 02



No que diz respeito ao consumo, a máxima corrente é a que consumir é melhor do que ostentar marcas. “Talvez por estarem fortemente ligados ao consumo, os Ys acabam por se relacionar de um modo menos ostensivo com as marcas em geral. Não fogem necessariamente de modismo, mas as marcas assumem uma função de qualificadoras do produto e não de quem os usa”, afirma Renato Trindade, coordenador da Bridge Research, acrescentando que em roupas, o importante é vestir bem e ser de boa qualidade.

E essa nossa geração é assim mesmo. Cheia de dúvidas, mas confiante. Enquanto trabalha firme pra garantir o futuro, acessa blogs, dá umas twittadas, conversa com os amigos e fecha negócios com apenas um clique, tudo na mesma janela, ao mesmo tempo. É o mundo personalizado que se molda as modas de quem vai fazer acontecer.

Veja mais características no infográfico da Hay Group.



A Geração Y é empreendedora, é o que confirma pesquisa da Global Entrepreneuriship Monitor (GEM), sobre a evolução do empreendedorismo no Brasil, divulgada recentemente pelo SEBRAE se constata que o número de negócios com até 3 meses de atividade cresceu 97% em relação a 2008, quando apenas 2,93% da população adulta tocava empreendimentos. Em 2009 a taxa subiu para 5,78% sendo que 52,5% destes novos empreendedores estão entre 18 e 34 anos de idade! A pesquisa é coordenada com participação de institutos como o London Business School e o Babson College e o Brasil participa pela décima vez deste monitoramento mundial. Veja aqui a pesquisa.


A Geração Y na liderança das empresas é um fato irreversível. Temos que nos adaptar à realidade e aprender a lidar com a situação. Até mesmo porque  o perfil deste grupo não é nada homogêneo e qualquer generalização acaba sendo sempre muito injusta. O que fazer então? Investir tempo para aprender a lidar com ela é um grande passo.


O mapeamento em profundidade feito entre estudantes de administração de várias IES mostra também que o perfil não é homogêneo e esta geração consegue ser dividida em perfis distintos, conforme a visão que tem sobre a vida e o trabalho: engajados, preocupados, céticos e desapegados. Segundo Lúcia Oliveira,  que coordenou a pesquisa"...esses jovens, por serem altamente tecnológicos têm uma relação com a comunicação diferente da geração anterior ... conseguem ver televisão, trabalhar no computador, conversar no MSN... e ainda ouvir uma musiquinha. Essa característica, as gerações anteriores não tem".


Os jovens nascidos nos anos 80 e 90, contemporâneos da revolução digital e conhecidos como Geração Y, são inquietos e querem crescer rápido na carreira. São especialistas em lidar com tecnologia, usam mídias sociais com facilidade, sabem trabalhar em rede e estão sempre conectados. Mas se preocupam com o mercado de trabalho altamente competitivo e buscam cada vez mais a formação superior e o ingresso na carreira pública como passaporte para a estabilidade profissional.

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