1 de junho de 2011

Popularização dos tablets será responsável por mudanças sociais e de comportamento


O Governo publicou, no último dia 17, no Diário da União a Medida Provisória (MP) que isenta totalmente os tablets dos impostos PIS e Cofins e reduz o IPI de 15% para 3%, a MP 534/11. A Medida incluí os tablets na “Lei do Bem” (Lei nº 11.196), de 2005, que incentiva projetos e produtos de inovação tecnológica. A Lei já é responsável pela redução de impostos de computadores e notebooks. O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, declarou que os tablets poderão ter uma redução de até 36% nos impostos. Para se ter uma idéia, o iPad de 64GB com Wi-Fi de primeira geração – o iPad 2 ainda não é vendido oficialmente no País – que custa no site da Apple R$ 1.999, poderia custar de R$ 1.300 a 1.400, depois da MP.

O tablet é uma nova tecnologia, que consiste numa tela portátil com funcionamento através do toque das mãos, com acesso remoto à internet, contendo diversos aplicativos, como leitor de livros eletrônicos, visualizador de fotos e tocador de músicas, entre outras funções.

O mercado está se preparando para revolucionar com os tablets, 2011 vai ser o ano em que vai crescer a produção e venda dos tablets, mas será apenas no fim dele ou próximo ano em que vamos ver os tablets chegando às mais diversas classes econômicas, assim como vimos os notebooks chegarem aos últimos anos.

Outro dado importante da revolução que os tablets causarão é que a presidenta Dilma já afirmou que pretende massificar o uso do equipamento no Brasil. Ela pediu ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que negocie com empresas nacionais a produção de tablets com preços populares, entre R$ 400,00 e R$ 500,00

E tem mais, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou, em 12 de abril, que Apple e a Foxconn vão produzir o iPad no Brasil até o final de novembro deste ano. Mercadante fez esta declaração durante sua viagem à China para acompanhar a presidente Dilma Rousseff. Pouco antes, Dilma havia anunciado que a Foxconn, empresa terceirizada que fabrica os produtos da Apple na China, pretende investir US$ 12 bilhões no Brasil para produção de telas para tablets e celulares.

O mundo sofreu evoluções constantes em relação à tecnologia portátil. Primeiro vieram os telefones instalados dentro de carros. Depois vieram celulares, palms, notebooks, smatphones, netbooks e, agora, os tablets. Onde a tecnologia vai parar é um questionamento e um exercício de criatividade que muitos vêm fazendo no decorrer dos últimos anos dado às mudanças sociais e individuais que elas vêm causado.

O que queremos ressaltar neste artigo são algumas mudanças sociais que acontecerão após esta MP que propiciará a popularização dos tablets. A acessibilidade do tablets  irá revolucionar algumas práticas e comportamentos.

Em breve, pais decidirão: dar uma pilha de livros ou um tablet aos filhos

Acervo, em formato digital, de obras voltadas para as crianças e adolescentes cresce significativamente. Para educadores, leitura no dispositivo não traz prejuízos ao aprendizado. Muitos clássicos já estão disponíveis para tablets e e-readers, muitos mais estão a caminho e o mesmo vale para obras contemporâneas que servem à formação e ao deleite de crianças e adolescentes. 

Em língua portuguesa, já é possível ler nos dispositivos fábulas narradas pelos irmãos Grimm, A Menina do Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, e as instigantes aventuras de Julio Verne, como Viagem ao Centro da Terra, entre outros. Um outro exemplo é a Globo Livros, que até o fim deste ano vai colocar nos tablets todo o seu acervo infanto-juvenil – incluindo os clássicos assinados por Monteiro Lobato. É um caminho sem volta.

A ideia de tirar o tradicional livro impresso das mãos das crianças e trocá-lo por um iPad, da Apple, ou similar pode assustar os pais. Mas não causa a mesma reação nos estudiosos. Para estes, não existem restrições para leitura na nova plataforma. O universo digital exerce fascínio nos jovens e, com ajuda dos tablets, pode apresentar a leitura para esse público de forma surpreendente.

A Abril Educação – grupo que reúne as editoras Ática e Scipione e é controlado pela família Civita, que também é dona da editora Abril, que publica VEJA – é outra que vai reforçar o acervo disponível para crianças e jovens. A empresa em breve colocará nas mãos dos jovens leitores obras de autores cujo leitura tornou-se quase compulsória no país, caso de Ana Maria Machado e Marcos Rey.  

Tablet nas escolas e seu uso na educação (tablet educacional)

Fundador do projeto Um Laptop Por Criança (OLPC), Nicholas Negroponte afirmou que o desenvolvimento da nova versão de seu laptop educacional já está em desenvolvimento. O e equipamento será um tablet, batizado de XO-3, e um protótipo funcional será apresentado em dezembro deste ano, dois anos antes das projeções iniciais. Segundo o pesquisador, o valor final nos EUA será de 75 dólares.
No Brasil, alguns movimentos também apontam para a popularização dos leitores digitais e, consequentemente, para a diminuição das publicações em papel. A Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, anunciou que vai distribuir gratuitamente tablets Android para os seus 261 mil alunos, que poderão acessar, por ele, todo conteúdo das aulas e uma biblioteca virtual com mais de 1.600 livros.


No Brasil, Chaim Zaher, que é dono da rede de ensino COC de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, está comprando até 30 mil tablets para dar aos seus alunos. É a maior aquisição de tablets no País, um investimento que pode chegar até a R$ 20 milhões. “Queria comprar 60 mil, mas o problema é que eles não têm para entregar”, afirma o empresário. 

GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), em São Paulo, está usando o tablet da Apple (iPad) para ajudar em trabalhos de terapia à crianças, e os resultados são excelentes. Os coordenadores do projeto destacam as várias vantagens do uso do iPad na reabilitação das crianças. Além de fazê-las não perceber que atrás da diversão com aplicativos existe todo um trabalho terapêutico, tem também todo o lado estrutural: o tablet supre a carência de laboratórios de química, física e de vídeos, com custo realmente baixo. Confira no vídeo que mostra uma parte do trabalho deles:

Jornais e revistas no universo tablet

O crescimento do mercado de tablets, como o iPad, vai provocar mudanças importantes em alguns segmentos. Uma das áreas mais afetadas por esse fenômeno deve ser o mercado editorial que — assim como ocorreu com a indústria fonográfica — vai ser obrigado a se reinventar e buscar novas soluções para enfrentar a concorrência com os meios digitais.

Os tablets permitem a leitura de jornais, livros, revistas e qualquer outra publicação impressa em formato digital, com várias vantagens sobre o tradicional papel. Neles, os textos podem ganhar inúmeros recursos, como ilustrações, sons, animações e gráficos. Hoje, sua utilização ainda é limitada.


Estima-se que existam apenas 100 mil usuários de tablets no Brasil. Mas, assim como ocorreu com os celulares, computadores, notebooks e smartphones, a popularização deste novo gadget parece ser uma tendência inevitável.

As empresas precisam ser incluídas no mundo digital

Sai na frente quem já tem um projeto de marketing digital projeto por um especialista e uma campanha de link patrocinado e busca orgânica bem feita. Mesmo que você resista ao mundo virtual é necessário arriscar, é necessário dar esse primeiro passo e colocar sua empresa, nem que seja aos poucos, dentro do computador. Você terá a expansão de sua marca e possibilidade de sentir o grau de concorrência que terá pela frente. Ou seja, só contribuirá para seu crescimento profissional e empresarial.

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